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O autoatendimento

como surgiu e quais seus principais impactos

Por Beatriz Irineu e Victoria Crisostomo

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Transporte coletivo de Fortaleza. Foto: Lucas Plutarcho

Dos 1.734 coletivos que circulam pela cidade, 1373 aceitam o passe eletrônico como única forma de pagamento, o que representa 60,2% da frota, de acordo com a Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor). Esse sistema de atendimento implantado pela Prefeitura gera discussão não apenas entre os usuários do transporte coletivo, mas, também, por parte dos trabalhadores do setor, em especial, os cobradores. Os debates sobre o tema também chegaram até a Câmara Municipal de Fortaleza, onde dois vereadores questionam o projeto. 

A vereadora Larissa Gaspar (PT) tem um Projeto de Emenda à Lei Orgânica do Município que propõe a adição de, pelo menos, mais um funcionário, além do motorista, para garantir orientação e auxílio aos passageiros. “Diversas funções são próprias dos cobradores, como orientação para embarque e desembarque, receber e passar o troco, ajudar uma pessoa com mobilidade reduzida, entre outros”, afirma. 

O vereador petista Guilherme Sampaio propõe a proibição da recusa do pagamento em dinheiro no sistema dentro dos coletivos municipais. Segundo Sampaio, os impactos para a população têm sido cruéis. “É proibido por legislação nacional [Código de Defesa do Consumidor e Código Civil Brasileiro] que se recuse o recebimento do pagamento em espécie”, argumenta. 

Para Gaspar, a implantação do veículos de autoatendimento foi uma decisão que não houve apoio da população. “O Sindiônibus fez isso à revelia da Prefeitura, 'da sua própria cabeça' implantou esse sistema sem debater com a população, sem fazer audiência pública, sem fazer grande divulgação dessa nova modalidade”, denuncia.

Na opinião do urbanista André Lopes, o autoatendimento gera uma segregação entre usuários, aumenta o custo generalizado do sistema para novos passageiros e ainda gerou a demissão dos cobradores, que foram substituídos por máquinas.
 

“O Sindiônibus fez isso à revelia da Prefeitura, da sua própria cabeça implantou esse sistema sem debater com a população, sem fazer audiência pública, sem fazer grande divulgação dessa nova modalidade”

Larissa Gaspar, vereadora de Fortaleza

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Fonte: Como tá - Sindiônibus

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